quinta-feira, 26 de maio de 2016

Tanta coisa rolando na política, tantas notícias trágicas e as pessoas insistem em discutir superficialidades, se prendem em discussões que não levam a nada, e que muito pelo contrário, só geram mais confusão. Seres humanos me cansam em todos os sentidos.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Eu tive que ouvir de uma psicóloga que ela achava lindo um casal de moças que ela atendia, pois ambas eram muito "femininas" e mesmo "tornando-se" lésbicas não quiseram "ser" do sexo oposto.

E eu fiquei tipo "oi?"

Então quer dizer que existe um padrão de lésbica dentro da feminilidade, e que é aceitável ser lésbica dentro desse padrão apenas ? E que qualquer mulher lésbica ou não, que quebre o estereótipo padrão de feminilidade quer ser do sexo oposto ?

Primeiro que há uma confusão aí de identidade de gênero com orientação sexual. isso ainda considerando que essa confusão/associação à pessoas trans nisso de "querer" ser do sexo oposto tá em uma condição errônea, porque essas pessoas não querem (como algo a ser alcançado), mas são sim e vivenciam sua identidade de gênero <3 nbsp="" p="">
E mulheres lésbicas que quebram padrão de feminilidade não almejam ser do sexo oposto, estão satisfeitas sendo mulheres e se sentem mulheres. Apenas mostram que mulher não necessariamente precisa estar relacionada ao padrão de feminilidade, pode sim se portar do modo que se sente mais confortável e isso se chama liberdade de expressão.

Enfimmm, como se não bastasse a psicóloga ficava falando o tempo todo que ser homossexual era uma escolha em que a pessoa precisava aprender a lidar com as consequências.

"oi???"

Escolha, opção, whateverrrrrrrr, me dá calafrios apenas. Ainda mais porque é uma psicóloga né ? D:
Penso muito no quanto é assustador alguns profissionais de extrema importância, ainda mais nessa atual conjuntura que acabam reproduzindo tantas coisas tristes.

terça-feira, 17 de maio de 2016

eu dou viva
à todas as formas de amor
e a quem não sente atração também.
à todas as expressões de identidades de gênero, 
e a fluidez entre elas. 
dou viva
a aquel@ que sabe que sexo biológico não determina gênero. 

A sociedade constrói a ideia que temos de gênero, e a restringe a uma categoria binária (masculino, feminino), quando na verdade existe um guarda-chuva de possibilidades e expressões. 
Dentro desse binarismo vigente, há uma premissa de que necessariamente o sexo biológico corresponda a identidade de gênero do ser, mas não necessariamente será dessa forma. Há outra premissa que acredita que @s sujeit@s necessariamente sentirão atração por alguém do sexo oposto (heterossexualidade compulsória). 
Essas premissas baseadas em uma construção social alimentada por tod@s acabam por colocar indivídu@s em caixas, classificando conforme a carga social que já vem juntamente ao seu órgão sexual. Por exemplo, a carga feminina, é relacionada a fragilidade, delicadeza, cuidados. Enquanto a carga masculina ( não digo a que os homens trans carregam, pois esses não possuem privilégios tal como homens cis) é carregada de virilidade, insensibilidade, violência.
A carga masculina é detentora de privilégios quando prova a todo momento sua virilidade e quando trás consigo algo que coloque em cheque essa virilidade, é comumente relacionada ao feminino. Diversas categorias associadas ao feminino como, gays afeminados, travestis, transsexuais, sofrem muitos ataques. Ter algo que relacione com o feminino é perder privilégios, pois os privilégios que o masculino possuí são frutos da postura viril, violenta e no medo que causa às oprimidas.